sexta-feira, 9 de março de 2012

Confraternizar é Preciso

Eventos de confraternização espírita... Estive pensando seriamente sobre os diversos que existem Brasil e mundo afora. Confesso que tamanha é minha felicidade, até por participar desse grupo de trabalhadores, ao ver que há tantas pessoas empenhadas em promover a integraçãodos “espíritos espíritas” encarnados e desencarnados através da troca de experiências e do estudo da Doutrina codificada por Allan Kardec com o auxílio de tantos outros companheiros dedicados.

Certamente esses eventos tem uma grande importância no Movimento Espírita, na divulgação do espiritismo e principalmente na oportunização de praticarmos os ensinamentos do Cristo junto a outros companheiros de caminhada que tem o mesmo objetivo: a evolução espiritual e moral. Contudo, a necessidade de pessoas que se dedicam ao estudo sério da Doutrina Espírita estarem à frente desses eventos é crucial para que a confraternização pelo aprendizado e o melhoramento sejam efetivamente alcançados. É importante que as lideranças estejam em consonância entre si e com os ensinamentos dos Espíritos, logicamente mantendo-se o estilo de trabalho individual. Cada uma dessas pessoas, as quais lutam constantemente contra suas próprias mazelas da alma, tem maneiras de lidar com o próximo, de repassar suas experiências e conhecimentos e, não será lícito, desde que seguidas as diretrizes criadas e seja mantido o foco nos objetivos dos eventos, que outrem exija que isso seja feito dessa ou daquela maneira. Entretanto, devemos sim, acima de tudo, demonstrar quando se fizer oportunidade, a necessidade de ter como base única os ensinos do Cristo quando essas mesmas lideranças estiverem realizando seus trabalhos com base em quaisquer outros exemplos que não os d’Ele.

É importante que mediante a realização dessas empreitadas entendamos que, como muitos ainda fazem, não há mais espaço para o “faz de conta” no que tange à necessidade de reconhecer os próprios defeitos e buscar o burilamento individual. Assim como Clarêncio fez com André Luiz quando esse foi pela primeira ao gabinete pedir para trabalhar (Livro Nosso Lar) os espíritos reencarnados e dispostos à Boa Nova também precisam e merecem saber das realidades e dificuldades enfrentadas diariamente sem o véu que enfeita as intempéries do caminho, não possibilitando que armadilhas sejam vistas, além de entender e arcar com as responsabilidades das próprias escolhas. É imprescindível saber que a caminhada tem seus momentos árduos e que ainda estamos no processo de transição de provas e expiações para regeneração e é o momento ideal para a conscientização de maneira a trabalharmos em prol de nossa própria evolução, podendo assim, principalmente através do exemplo, auxiliar na evolução do próximo.

Também, é identificado por vezes pessoas que se colocam à disposição dos trabalhos de mudança no Movimento Espírita, promovidos principalmente através desses eventos, porém, sem o intuito essencialmente adjacente de conhecer o quanto mais for possível a Doutrina e consumar então seus ensinamentos no rol dos “esforços que se faz por domar as más inclinações”. É imprescindível não que essas pessoas sejam afastadas ou muito menos repreendidas, uma vez que já tem a vontade, sendo esse o principal elemento para o trabalho e para o auto-conhecimento, mas sim, trazidas com muito amor à realidade da vida eterna de maneira a se colocarem unidas ao ideal de renovação dos próprios pensamentos e atitudes.

Não desistamos dos encontros, porém, sejamos cristãos ao realizá-los. Auxiliemos à maneira que pudermos, seja em orações, seja participando, seja coordenando-os. Apenas não nos esqueçamos dos motivos pelos quais eles existem. Não deixemos os interesses mundanos e intrísecos ao nosso grau de adiantamento moral tomarem conta de nossas ações quando nos dedicarmos a tarefa tão importante. E que o Mestre possa sempre nos amparar e nos enviar os mensageiros do espaço para identificarmos o momento de tomar as atitudes corretas com vias ao bem maior.

Um grande abraço a todos os companheiros de jornada terrena que se dedicam com tanto carinho aos eventos de confraternização espírita como na COMEUDI, COMMETRIM, COMECON, COMEBH e, muito em especial, aos companheiros do Encontro de Mocidades Espíritas de Uberlândia (EMEU), os quais tem me ensinado a trabalhar as minhas dificuldades íntimas e com isso, mesmo com grande esforço e nem sempre agradando a todos, conseguir iniciar o processo de transformação que tanto é necessário a cada um de nós.

Sigamos em paz.

Diego Carvalho

sexta-feira, 2 de março de 2012

A Questão da Arte - PARTE II - Sobre a Música

Olá amigos,

Vamos continuar nosso bate papo da semana passada sobre a arte. Creio que é um assunto que precisa muito ser estudado. Nossos conhecimentos ainda são muito poucos quanto ao assunto, mas, é o momento certo de começarmos. Vamos ao texto.


No tocante à música, ainda temos uma dificuldade muito maior em aceitar o que ela realmente é ou a maneira com a qual devemos utilizá-la. A música, como diz Leon Denis, “representa a arte viva, a harmonia móvel e vibrante”, ou seja, ela ultrapassa qualquer barreira, atingindo ambientes mesmo quando esses não a querem e por ser vibrante, mexe com cada fibra do corpo humano, atingindo o espírito e despertando sensações e sentimentos. Sendo assim, a responsabilidade de um artista que se dedica à música é de extrema importância para a evolução da humanidade. Dizer qual estilo é melhor ou pior do que outro seria uma imprudência de tamanho proporcional à importância da música em nossa evolução. Logo, gostaria de deixar para refletirmos alguns conhecimentos e experiências.


No livro “O Espiritismo na Arte”, escrito por Leon Denis, temos o seguinte: “Dissemos que o objetivo essencial da arte é a procura e a realização da beleza; é, ao mesmo tempo, a procura de Deus, pois que Deus é a fonte primeira e a realização perfeita da beleza física e moral.”


Observando esse trecho do livro, o qual está na parte I (Objetivo da Arte), identificamos que todas as manifestações artísticas (música, teatro, oratória, poesia.....) deve-se buscar Deus. Então, nos questionamos se determinados tipos de músicas que ouvimos por aí estão cumprindo esse objetivo. Podemos inferir que sim, estão, entretanto, com uma lentidão tamanha por não buscarem a harmonização e elevação do ser. Nós, seres humanos, ainda precisamos excitar nossas sensações de maneira terrena, entretanto, devendo buscar selecionar as maneiras de como fazer isso ao longo de nossa evolução.


Ainda, devemos pensar que a arte leva as sensações, os sentimentos e as emoçoes do artista despertando essas mesmas instâncias no público. No tocante ao ritmo, precisamos entender que cada nota, cada batida, cada tom musical emite uma série de vibrações que ecoam pelo Universo.


Enfim, temos muito ainda o que aprender no que se refere à relação entre a arte e a Doutrina Espírita. Entre buscar músicas mais calmas ou não, creio que vai do interesse e forma de interpretar os ensinamentos. Há tempo, momento e lugar para tudo. Apenas precisamos definir onde queremos chegar e como desejamos que seja a caminhada. Assim, deixo algumas dicas para estudarmos:


_ Livro “O Espiritismo na Arte” de Leon Denis: creio que o livro mais completo em relação a arte e a Doutrina Espírita.


_ Revista Espírita de 1860: comunicação do espírito Alfred de Musset.




_ 1ª Parte do Livro “Obras Póstumas”:


- Influência Perniciosa das Idéias Materialistas


- Sobre as artes em geral; sua regeneração pelo Espiritismo


- Teoria da Beleza


- A Música Celeste


- A Música Espírita


_ Programa Espírita de Rádio Web: Frequência Jovem Fraternidade




- Edição 14 – Especial Dia do Músico


- Edição 15 – A Artre e o Espiritismo


- Edição 16 – Apresentação ao vivo – Núcleo de Arte Espírita Integrarte


- Edição 20 – Palestra: A Arte e o Espiritismo


_ Filme: O Som do Coração


_ Filme: O Solista


Creio que aqui já temos material o suficiente para começarmos a entender um pouco melhor o papel da arte/música na humanidade. Estudemos com vontade de aprender e renovar nossos conhecimentos. A arte precisa da seriedade daqueles que já conhecem entender sua importância.


Um grande abraço e continuemos nossa busca pelo conhecimento.
Diego Carvalho

quarta-feira, 29 de fevereiro de 2012

Postagem Extra

Olá amigos do Trilha Espírita,

Sei que hoje não é sexta-feira, mas tive vontade de postar um pequeno pensamento que tive essa semana ao efetuar algumas discussões sobre estudos espíritas.

Fiquei pensando se algum autor já disse algo parecido com essas palavras, mas como não consegui me lembrar e, em algumas pesquisas, não encontrei, arrisco criar um pequeno pensamento para reflexão. Espero que seu significado possa ser compreendido pelos amigos. Digamos que é uma interpretação simplificada do nosso papel no Universo.


“A evolução do espírito consiste em retornar ao seu estado de criação no que tange à simplicidade. Mas ele somente conseguirá, contudo, quando desatar os nós que o ligam a ignorância.”
                                                                                                                                                                                                 Diego Carvalho

domingo, 26 de fevereiro de 2012

A Questão da Arte - PARTE I

Olá Moçada,


Confesso... dessa vez eu atrasei a postagem. Não consegui fazê-la na sexta-feira e por isso me desculpo com nossos visitantes. Mas, ainda assim, há tempo de lermos o texto da semana.

Então vamos lá...

A Questão da Arte - PARTE I


Sou um amante da arte. Dedico boa parte do meu tempo para ela, principalmente a música, dentro ou fora do Movimento Espírita. Confesso que fico contente em conhecer sempre que há oportunidade, pessoas interessadas em conhecer mais a arte propriamente espírita. Creio que é um assunto de bastante polêmica e de opinião formada pela maioria das pessoas que não se abrem para os conhecimentos Doutrinários à respeito do tema.



Certamente a Doutrina Espírita veio para modificar muitos de nossos conceitos e, o que é muito normal, nem sempre estamos aptos a aprender ou aceitar isso. Agindo assim, continuamos com "opiniões" ao invés de adquirirmos conhecimentos. Com a arte ainda há a dificuldade de que muitas pessoas as veem ou a utilizam como meio de atração, principalmente de jovens.



Através de experiências com crianças, jovens e adultos desde os meus 14 anos (tenho 29 hoje), percebi que talvez essa não seja a maneira mais ideal de, primeiro, utilizar a arte e, segundo, atrair jovens para as Casas Espíritas. Pense comigo: se uma pessoa passa na porta de um lugar no qual uma música ou um filme te atrai, ela pode até parar para ouvir caso tenha tempo para isso. Quando a música termina ou o filme vai continuar e a pessoa não pode ficar ali, ela continua ou vai embora? Logicamente, há aqueles que mesmo a música sendo finalizada ou não podendo assistir o filme, vão em busca de informações sobre o cantor, produtor ou qualquer outra informação a respeito. Entretanto, é provável que essas pessoas (que buscam informações) não precisariam ouvir a música ou ver o filme para se interessar; bastasse tomarem conhecimento da existência e já iriam buscá-las por vontade própria, por enxergarem benefícios em conhecer determinada obra.



Assim, faço essa comparação com a arte utilizada na atração das pessoas para a Casa Espírita. Se uma pessoa é atraída pela arte corre-se o risco de não tê-la pela Doutrina, principalmente porque ainda temos conceitos de arte muito distantes do que ela efetivamente é no Plano Espiritual. As pessoas devem buscar a Casa Espírita pela Doutrina Espírita; por verem os benefícios de se estudar, difundir e divulgar os ensinamentos. A arte será uma ferramenta para esses fins e não um meio. Mas não tenhamos dúvidas que ainda temos muito o que aprender sobre o assunto, devendo para tanto, abrirmos nossa mente, nosso coração e estudar as obras espíritas.

Um grande abraço e na próxima semana o texto continua.

Diego Carvalho

sexta-feira, 17 de fevereiro de 2012

As Sutilezas dos Relacionamentos

Olá amigos leitores,


Essa semana resolvi postar um texto um pouco diferente. Nada de quere interpretar ou deixar meus devaneios sobre algum assunto. Na verdade estive pensando nas situações da vida, mais especificamente, nos relacionamentos amorosos.


Quantas vezes perdemos tempo por uma simples palavra dita ou talvez não dita?


Quantas vezes tornamos algo que deveria ser prazeroso um ato de coragem e de fé?


Quantos momentos discutindo passamos apenas por não praticarmos a "escutatória"?


Enfim... hoje deixo o que chamei de "As Sutilezas dos Relacionamentos" para que juntos possamos apenas refletir. Vamos pensar no nosso papel perante isso.


Então lá vai...


As Sutilezas dos Relacionamentos

Ao telefone:

Ele... ou ela:  _ Mas eu te disse que já marquei aquele compromisso para nós. Você concordou.
O outro: _ Eu sei, mas é que surgiu esse outro e eu queria tanto que nós dois fôssemos.
Ele... ou ela:  _ Mas talvez a gente possa juntar os dois. São pessoas que gostamos e se conhecem... quem sabe assim fica mais... (interrupção do outro)...
O outro: _ Ahhh...Não sei se seria uma boa idéia. Acho que vamos acabar não dando atenção devida. Você não acha melhor tentar remarcar, já que é mais simples com aquele compromisso do que esse que surgiu?
Ele... ou ela:  _ Tudo bem, vou ver o que dá pra fazer. Talvez possamos marcar aquele compromisso para o dia seguinte.
O outro: _ Ok. O que der certo vai ser bom porque vamos estar juntos.

E eles viveram felizes até o próximo compromisso.

OU

Ao telefone:

Ele... ou ela: _ Mas eu te disse que já marquei aquele compromisso para nós. Você concordou.
O outro: _ Eu sei, mas é que surgiu esse outro e eu queria tanto que nós dois fôssemos.
Ele... ou ela: _ Mas talvez a gente possa juntar os dois. São pessoas que gostamos e se conhecem... quem sabe assim fica mais... (interrupção do outro)...
O outro: _ Ahhh...Não sei se seria uma boa idéia. Não tem nada haver uma coisa com a outra. Que mania de querer fazer isso.
Ele... ou ela: _ Por que não? Não vejo problema nisso. Acho que ninguém vai se importar.
O outro: _ Mas eu nunca faria isso.
Ele... ou ela:  _ Esse é o seu modo de pensar, não o meu. Não adianta a gente querer entrar em acordo não é mesmo!?
O outro: _ Nossa, por que você está falando assim comigo?
Ele... ou ela:  _ @#$%¨&*()
O outro: _ )(*&¨%$#@!

E assim sucessivamente, até que o cansaço, o desânimo e vários outros sentimentos e ações não agradáveis façam com que a conversa termine...

E eles tiveram muitas dificuldades para serem felizes até o próximo compromisso.

Há algo que possamos tirar disso?


Um abraço a todos e até o próximo texto.


Diego Carvalho

sexta-feira, 10 de fevereiro de 2012

O Altruísmo no Mundo

Olá amigos leitores,

Espero que os textos aqui deixados estejam sendo de algum valor para vocês que dedicam seu tempo a conhecê-los. Desejo, contudo, incitar o pensamento, a reflexão e, quando possível, a discussão dos temas aqui propostos. O idealismo faz parte de minha existência e, assim sendo, não poderia deixar de durante a minha estadia aqui na Terra, deixar um pouquinho dos pensamentos e experiências. Que essa Trilha Espírita que estamos deixando sirva de inspiração para quem assim o precisar, mesmo que não concordem com as palavras, para se espelharem ao menos na vontade de sermos melhores.

Vamos ao texto de hoje.


O Altruísmo no Mundo

No dia 24 de dezembro de 2009, o Núcleo de Arte Espírita Integrarte, o qual é formado por jovens espíritas e tenho o prazer de fazer parte, foi convidado pela TV Integração (Rede Globo) para uma matéria sobre altruísmo. Algumas pessoas que conheciam nosso trabalho nos indicou e aceitamos, o que aconteceu no Lar André Luiz (idosos).

Essa semana, participando de um processo seletivo, foi apresentado uma matéria também sobre altruísmo, no qual o biólogo chamado Roberto Burle Marx, com mais de 50 anos, foi questionado por que estava plantando sementes que iriam florescer somente após 50 anos e provavelmente ele não estaria aqui para ver. Ele respondeu o seguinte: ““Assim como alguém plantou para que eu pudesse ver, estou plantando para que outros também possam contemplar”. No processo, era solicitado um texto respondendo à seguinte pergunta (pelo que pesquisei, isso também ocorreu em alguns vestibulares):

“O altruísmo e o pensamento a longo prazo ainda têm lugar no mundo contemporâneo?”

A matéria ainda trazia o seguinte conceito de altruísmo: “s.m. Tendência ou inclinação de natureza instintiva que incita o ser humano à preocupação com o outro”. Dicionário Houaiss da língua portuguesa, 2009.

Bem... acredito que para ser um altruísta é necessário antes ser um sonhador. Os sonhadores são aqueles que acreditam e desejam o melhor aconteça, que a vida pode ser melhor. Digo isso pois se não acreditarmos que o mundo pode ser um lugar melhor, que as pessoas podem se respeitar (e olha que não cheguei ainda à palavra “amar”) que o materialismo deixará de ser a crença principal... qual sentido teria o altruísmo? Certamente ao estudarmos a Doutrina Espírita temos mais oportunidade de entender que o altruísmo, o que pode ser entendido de certa maneira como caridade, deve fazer parte do dia a dia aqui na Terra e é condição essencial para nosso melhoramento espiritual.

Para ser altruísta não se pode ter como principal foco o ego. É importante que o ser se ame, porém, é imprescindível que ele também faça isso pelos outros. O altruísta é recompensado cada vez que se doa incondicionalmente e para fazer isso, não é necessário o gasto de um centavo sequer: através de um sorriso que ilumina o dia de alguém; do abraço forte e quente em um amigo, familiar ou até mesmo desconhecido que está se sentindo sozinho; um afago nos cabelos daquele que já não tem forças para se levantar de um leito; praticar a escutatória para alguém que queira fazer um desabafo, sem ter a necessidade de querer interromper. Enfim... há muitas maneiras.

Além disso, ser altruísta é pensar a longo prazo, principalmente quando entendemos a reencarnação e a vida eterna enquanto espíritos. O que se faz agora poderá refletir por toda a eternidade na existência de um ser, para não dizer a nossa própria existência. Muitas vezes, achamos que ao sermos caridos, altruístas, dedicados a alguém por instantes, fará com que um sofrimento seja amenizado naquele momento ou um reles sopro de alegria seja sentido. Ledo engano quando assim pensamos... nossas atitudes ecoam no universo e não seria diferente na existência espiritual tanto nossa quanto do outro. Lembram-se de André Luiz quando uma senhora orou por ele devido ele ter, de mau grado, auxiliado ela em determinado momento da vida?

Sendo assim, sejamos Robertos Burle Marx do mundo. Não nos preocupemos apenas com a contemplação que nossos olhos terão. O mundo ainda tem muito espaço para isso. Então, se há lugar no mundo para pensamento a longo prazo? Somente esse pensamento nos fará verdadeiramente felizes pois em um planeta de provas e expiações, sabemos que tudo o que passarmos será imprescindível para a evolução. Se há lugar no mundo para o altruísmo? Bem... digamos que ele tem cadeira cativa nos corações humanos, apesar de muitas vezes essas cadeiras estarem vazias e empoeiradas.

Um grande abraço a todos.


Diego Carvalho



P.S.: Para conhecerem a reportagem que o Integrarte participou em 2009, basta acessar:

http://megaminas.globo.com/2009/12/25/natal-e-marcado-por-exemplos-de-solidariedade

Nunca assisti ao vídeo, pois não o encontrei no Portal Megaminas. Se alguém um dia achar, por favor, nos informem pois ficaremos muito gratos.

sexta-feira, 3 de fevereiro de 2012

E falando de carnaval...

... achei que pesquisar na querida e muitas vezes mentirosa internet seria mais fácil de discorrer sobre o assunto. Mas encontrei tanta coisa “picada” que desisti e venho então mais uma vez trazer meus próprios devaneios.

De todos os feriados ocorridos ao longo do ano, creio que o carnaval é o mais preocupante no sentido de ocupação pouco proveitosa do tempo e da mente. Talvez e somente talvez, não pela taxa de natalidade que aumenta nove meses depois ou pela desforra material com que essa data é vislumbrada, mas sim, pela indisciplina moral dos seres humanos. Todos os dias lemos notícias de que a humanidade está mais “evoluída”, os recursos tecnológicos mais desenvolvidos, as leis mais humanizadas e por aí vai. Entretanto, quando chegamos em meados de fevereiro (ou março raras vezes) parece que nada disso faz diferença. É momento de diversão e prazer, a todo custo, independente das consequências.  Nas pesquisas, descobri o que já era óbvio: o carnaval NO Brasil é a maior festa popular existente e o carnaval DO Brasil é o maior do mundo inteiro. Por um momento me atrevi a pensar como a “Pátria do Evangelho” será vist de maneira diferente e mais respeitosa pelas outras nações se um feriado oficial do nosso país (e de tantos outros) é regrado pelo mínimo (ou nenhum) bom senso, caráter, preocupação com o próximo, preocupação com o corpo, a mente e a alma e, principalmente, tendo o sexo livre e desrespeitoso como um dos principais símbolos?

Detalhe: como não estou escrevendo para aula de evangelização infantil, nem vou me preocupar em gastar linhas discorrendo que beber, comer, dançar, ser alegre, ter diversão, prazer e sexo fazem parte da evolução humana e são normais e necessários. Ahh... não deixem de perceber que não estou fazendo apologia contra ou a favor de qualquer tipo de vício mas sim, falando das práticas comuns de sobrevivência humana.

Certamente não tenho o intuito de criticar ou julgar aos que são adeptos do carnaval. Tenho simplesmente a intenção de trazer à reflexão o quão é importante nos atentarmos para um período de tamanha abertura à espiritualidade ainda não evoluída ou consciente dos nossos deveres perante a universalidade. E por favor... não digamos que é somente alguns dias do ano. Emmanuel, o fiél amigo de sempre, nos elucida através do querido Chico, as seguinte palavras trazidas à tona na Revista Internacional do Espiritismo (2001):

“Enquanto os trabalhos e as dores abençoadas, geralmente incompreendidos pelos homens, lhes burilam o caráter e os sentimentos, prodigalizando-lhes os benefícios inapreciáveis do progresso espiritual, a licenciosidade desses dias prejudiciais opera, nas almas indecisas e necessitadas do amparo moral dos outros espíritos mais esclarecidos, a revivescência de animalidades que só os longos aprendizados fazem desaparecer.”

Lendo tais frases, não podemos deixar de entender que por menor que seja a quantidade de dias, devido ao caráter nada evolutivo do carnaval, uma vez que o ser se entrega a todo e qualquer tipo de, como Emmanuel diz, “animalidades, a existência estará sendo subjugada à queda moral e reparável somente depois de muitas outras consequentes tribulações. É possível que haja aqueles que sejam arrastados para ambientes nessa época, mesmo tendo uma boa consciência ao longo do ano, e que, cumprindo os desígnios de justiça do criador, ainda assim precisarão arcar com as consequências, não havendo desculpas para comportamentos imoralizados. Emmanuel ainda nos diz o seguinte:

“É incontestável que a sociedade pode, com o seu livre-arbítrio coletivo, exibir superfluidades e luxos nababescos, mas, enquanto houver um mendigo abandonado junto de seu fastígio e de sua grandeza, ela só poderá fornecer com isso um eloqüente atestado de sua miséria moral.”

Endossado pelas palavras de Emmanuel, faço um apelo aos amigos: não deixemos de seguir na conduta espírita e cristã ao longo dos dias do referido feriado. Façamos com que as palavras do nosso Mestre Jesus possa estar ainda mais presente em nossa mente e coração, sendo transformadas em atos de carinho e amor para tantos que, diferentemente daqueles que “curtirão” o carnaval, continuarão precisando do auxílio humano (não digo espiritual pois creio que nessa data, outros precisarão tanto ou mais).

E mesmo que no íntimo algumas pessoas tenham a certeza de que não é somente no carnaval que ocorrem fatos libidinosos, à la Calígula, ou fora da conduta reta, o que os faz conscientes de que o “orai e vigiai” deve ser feito todos os dias, não sejamos ingênuos de não saber que nessa data, dado ao caráter altamente coletivo das festanças, unindo tantas mentes em um mesmo ideal (que não é necessariamente para o bem), o campo vibratório se abre com veemência para a inferioridade.

E por isso, finalizamos com muita tranquilidade esse devaneio com mais palavras de Emmanuel, retiradas da mesma revista citada, demonstrando a responsabilidade que temos em tal momento que a Terra em breve viverá:

“Há nesses momentos de indisciplina sentimental o largo acesso das forças da treva nos corações e, às vezes, toda uma existência não basta para realizar os reparos precisos de uma hora de insânia e de esquecimento do dever.”

Um grande abraço a todos, juízo nos preparativos para o carnaval e até o próximo texto.

Diego Carvalho

Obs.: Para ler na íntegra a mensagem de Emmanuel, acesse:

quinta-feira, 2 de fevereiro de 2012

Amanhã, texto sobre o Carnaval

Olá amigos,

Amanhã teremos um novo texto com reflexões sobre o carnaval.

Um grande abraço e fiquem com Deus.

Diego Carvalho

quinta-feira, 26 de janeiro de 2012

Centro Espírita: a qual me dedicar?

Se pensarmos nos conceitos de Centro Espírita, nas suas razões de existência e a sua importância perante a sociedade, não haverá possibilidades de classificarmos qual será melhor que outro.
Para definirmos um bom Centro Espírita para que possamos dedicar nossos esforços, afeição e tempo, levemos em consideração que...

à Uma vez que há a seriedade nos estudos da Doutrina Espírita de maneira a ter como base os ensinamentos dos Espíritos trazidos por Kardec, deixando as opiniões à mercê do aprendizado e não como fixos e imutáveis;

à Há a educação básica do espírito, encarnado e desencarnado, através da prática efetiva dos ensinamentos de Jesus;

à Os trabalhos são sempre realizados com seriedade, bondade e sempre buscando maneiras de melhorá-los de acordo com os avanços tecnólogicos de cada época bem como de acordo com a necessidade de cada sociedade amparada;

à As crianças, jovens e adultos tem sido tratadas com igualdade no tocante à necessidade de evolução, de atenção, de carinho e de aprendizado, seja através da teoria estudada ou através da prática diária da paciência em saber (ou tentar) compreeender as diferenças de cada momento de vida dos seres que ali se encontram;

à Há o respeito pelos diferentes modos de ser, de pensar, porém, todos voltados para o entendimento correto da Doutrina, sem ser algo forçoso, ofensivo ou ditatorial;

à E além de tudo isso, ser um recanto de paz, buscado pelos seus frequentadores nos momentos de turbulência nesse planeta de provas e expiações com vistas à regeneração;
... teremos uma Casa Espírita que busca a efetivação da Doutrina Espírita no mundo.

É indubitável que tudo isso é recheado de dificuldades diárias, havendo sempre sentimentos humanos envolvidos, os quais por sua vez, fazem com que os ensinamentos do Cristo sejam aprendidos e praticados diariamente. Assim, a Casa Espírita deve buscar ser um recanto de paz e harmonia, com paciência, fé, esforço e benevolência daqueles que a compoem.

Abraços e até o próximo texto.

Diego Carvalho

Estamos de volta.

Olá Caros Amigos,

Se você está dedicando um pouquinho do seu tempo em ler nossas palavras, fico lisonjeado e muito grato por sua generosidade.

Sei que em tempos de turbulência é difícil encontrarmos momentos para nos dedicarmos aos devaneios alheios. Mas ainda sim, se você está aqui, é porque de alguma maneira se interessou pelo nosso trabalho.

Sim... estivemos um pouco longe das teclas no computador nos últimos dias, mas faremos o possível para que isso não ocorra novamente. Tentarei postar ao menos um texto a cada sexta feira. Assim, teremos tempo para discutir sobre os assuntos propostos ao longo dos dias.

Caso você queira entrar em contato conosco, nosso e-mail (do blog) é trilha.espirita@gmail.com.

No mais agradeço sua visita e fiquemos com Deus.

Diego Carvalho

sexta-feira, 20 de janeiro de 2012

Retorno....

Para aqueles amigos que dedicam algo do seu tempo em ler nossos devaneios, quero me desculpar pela demora nas postagens. Fiz uma cirurgia na semana passada e acabei não atualizando o blog.


Assim sendo, informo que ainda hoje teremos um novo texto.


Um grande abraço a todos.


Diego Carvalho

quinta-feira, 12 de janeiro de 2012

A Responsabilidade do Centro Espírita

Sabe... tenho verificado algumas situações em Casas Espíritas não só da minha cidade mas de outras regiões, nas quais os dirigentes não tem se preocupado com o Movimento Espírita em geral e sim, se fechado em seus núcleos de trabalho e estudos ao ponto de não convidarem palestrantes ou pessoas de fora para efetuarem qualquer apresentação ou reduzindo muito essa prática. Normalmente, eles dizem que as pessoas não estão se preocupando em estudar a Doutrina Espírita com propriedade e tem feito suas próprias interpretações (como se isso fosse errado), levando conceitos muitas vezes erroneos.

Não podemos dizer que esses dirigentes estão totalmente errados mas, ao fazerem isso, não estão eles adotando, primeiramente, posições de juízes? E em seguida, não estão deixando de cumprir com seu papel de responsável pelo estudo e divulgação da própria Doutrina? Digo isso pois creio que com essas atitudes (fechamento no próprio núcleo), corre-se o risco de fazer a mesma coisa do que se reclama, ou seja, se não há opiniões de fora para debater, entender, conversar e chegar num acordo, entenderemos e interpretaremos a Doutrina também à nossa VONTADE.

O estudo é mais do que simplesmente pegar as obras básicas ou complementares e decorá-las ao pé da letra como tenho visto (lembrando que isso já é feito por uma série de outras religiões) ou fazer nossas interpretações e repassá-las aos nossos companheiros de instituição. É, como disse no texto anterior: o estudo da Doutrina Espírita nos leva a entendê-la em sua essência e, para fazer isso, é necessário que haja a dúvida, o questionamento e a discussão. No meio acadêmico (intelectual), vemos constantemente a permuta de informações sobre um mesmo tema entre diversos estudiosos que estão sempre redescobrindo conceitos, modificando seus próprios modos de pensar. Lembro aqui um grande filósofo que dizia a frase "só sei que nada sei". Quando Sócrates pronunciou essa frase, ele quis dizer que a sabedoria ultrapassa aquilo que temos como verdade para nossa vida e que não a conseguimos entender em sua totalidade, sendo necessário que nos coloquemos em posição de eternos aprendizes.

No tocante à Doutrina Espírita, aquela que vem nos revelar as verdades do Universo, é necessário que façamos a mesma coisa, sem pensar que já sabemos quais são os melhores métodos para encontrar as respostas. Muitos dirigentes pensam que já encontraram os métodos ideais de estudo e prática da Doutrina, esquecendo-se que, como nos disse o amigo Diógenes, ela é "essencialmente humanista, voltada para o aprimoramento constante e gradual do homem sob o aspecto moral". Se nos fechamos e não nos preocupamos com o que está ocorrendo fora do nosso núcleo, não estamos, de imediato, praticando a Doutrina Espírita, a qual nos ensina a todo momento a nos preocuparmos com o próximo uma vez que ela nos esclarece os ensinamentos de Jesus e um dos maiores era “amarás o próximo como a ti mesmo”. Tudo bem... temos as AME´s que devem desempenhar o papel de auxílio e unificação, mas, sozinhas, elas não podem fazer nada.

Repensemos: se nos fechamos em nossos núcleos para estudar, sem nos preocuparmos com o mundo exterior, sem darmos oportunidade de ensinar, aprender ou até mesmo nos calarmos até o momento propício, estaremos praticando a Doutrina Espírita, promovendo assim a sua efetiva difusão?

Certamente, como dirigentes de instituições sérias, não se pode deixar que conceitos errados ou deturpados da Doutrina Espírita sejam repassados àqueles que se interssam por conhecê-la em sua essência, mas, também não se pode apenas adotar a postura de "fechar as portas para o mundo". É necessário lembrarmos que ao assumir esse papel (de dirigente) nos responsabilizamos pelo que é feito do Movimento Espírita, o qual precisa estar em consonância com os ensinamentos da Doutrina que prega. Logo, se faz imprescindível buscar maneiras de auxiliar a tantos quantos se perdem na divulgação, prática e difusão do espiritismo fugindo à sua integridade e não simplesmente deixarem-nos ao léu.

Lembremos trechos do que nos disse Bezerra através de Divaldo no Congresso Internacional de Espiritismo, descritos nos materiais de apoio do próprio curso: “...a vós vos cabe levar por toda parte as notícias do Reino de Deus, expandindo-as por todos os rincões da Terra. (...) ...(o espiritismo) é a Religião amor que nos une como verdadeiros irmãos, sem distinção de raça, de fronteiras, de posição social, eliminando tudo aquilo que separa os homens. (...)Propuseste-vos à obra de edificação do bem, abristes os braços para que o amor se expanda em um hino de solidariedade universal, pesquisastes para possuirdes a certeza, elucidastes enigmas para que não paire dúvida. (...)”

Reflitamos.

Abraços a todos e até o próximo texto.


Diego Carvalho

terça-feira, 3 de janeiro de 2012

Estudo, difusão e prática da Doutrina Espírita

Diversas vezes nos preocupamos muito com os conceitos de estudar, difundir e praticar a Doutrina Espírita. Mas... não são esses os objetivos de qualquer coisa que tomemos para a nossa vida? Um estudante de medicina, administração, direito ou seja lá o que for não deveria estudar, difundir e praticar o que aprende? Por que seria diferente com a Doutrina dos Espíritos? Tamanha responsabilidade a que temos.

Estudar a Doutrina Espírita é buscar conhecermos seus ensinamentos para que possamos entender sua essência e, enfim, interiorizá-la em nosso dia a dia. Para isso, devemos utilizar principalmente dos recursos disponibilizados pelos espíritos através de Kardec com as obras básicas da codificação e com os livros complementares de diversos médiuns e autores encarnados e desencarnados. Ainda, como homens da Terra e seguindo o que também é feito no Plano Espiritual, é necessário fazer uso dos recursos tecnologicos que são melhorados a cada dia, devendo sempre mantermos a moral em patamar elevado, de maneira que possamos à partir daí, difundir a Doutrina Espírita com nossas próprias atitudes.

Prática e difusão são interligadas. Uma vez que aprendida a Doutrina dos Espíritos, será possível que em qualquer ambiente que estejamos possamos difundí-la através de sua prática constante com nossos atos, palavras, pensamentos enfim, nossas tentativas de mudanças, nos caracterizando como bons espíritas como descrito no Livro dos Espíritos: "Reconhece-se o bom espírita pelos esforços que faz em domar suas más inclinações".

Assim, estudar sem praticar não fará com que tenhamos nenhum mérito ou muito menos que auxiliemos na difusão dessa nobre Doutrina conhecida como o Consolador Prometido por Jesus e que nos explica com tanta propriedade os ensinamentos do querido Mestre, os quais não conseguimos entender a milhares de anos atrás.

Um grande abraço e até o próximo texto.

Diego Carvalho