sexta-feira, 9 de março de 2012

Confraternizar é Preciso

Eventos de confraternização espírita... Estive pensando seriamente sobre os diversos que existem Brasil e mundo afora. Confesso que tamanha é minha felicidade, até por participar desse grupo de trabalhadores, ao ver que há tantas pessoas empenhadas em promover a integraçãodos “espíritos espíritas” encarnados e desencarnados através da troca de experiências e do estudo da Doutrina codificada por Allan Kardec com o auxílio de tantos outros companheiros dedicados.

Certamente esses eventos tem uma grande importância no Movimento Espírita, na divulgação do espiritismo e principalmente na oportunização de praticarmos os ensinamentos do Cristo junto a outros companheiros de caminhada que tem o mesmo objetivo: a evolução espiritual e moral. Contudo, a necessidade de pessoas que se dedicam ao estudo sério da Doutrina Espírita estarem à frente desses eventos é crucial para que a confraternização pelo aprendizado e o melhoramento sejam efetivamente alcançados. É importante que as lideranças estejam em consonância entre si e com os ensinamentos dos Espíritos, logicamente mantendo-se o estilo de trabalho individual. Cada uma dessas pessoas, as quais lutam constantemente contra suas próprias mazelas da alma, tem maneiras de lidar com o próximo, de repassar suas experiências e conhecimentos e, não será lícito, desde que seguidas as diretrizes criadas e seja mantido o foco nos objetivos dos eventos, que outrem exija que isso seja feito dessa ou daquela maneira. Entretanto, devemos sim, acima de tudo, demonstrar quando se fizer oportunidade, a necessidade de ter como base única os ensinos do Cristo quando essas mesmas lideranças estiverem realizando seus trabalhos com base em quaisquer outros exemplos que não os d’Ele.

É importante que mediante a realização dessas empreitadas entendamos que, como muitos ainda fazem, não há mais espaço para o “faz de conta” no que tange à necessidade de reconhecer os próprios defeitos e buscar o burilamento individual. Assim como Clarêncio fez com André Luiz quando esse foi pela primeira ao gabinete pedir para trabalhar (Livro Nosso Lar) os espíritos reencarnados e dispostos à Boa Nova também precisam e merecem saber das realidades e dificuldades enfrentadas diariamente sem o véu que enfeita as intempéries do caminho, não possibilitando que armadilhas sejam vistas, além de entender e arcar com as responsabilidades das próprias escolhas. É imprescindível saber que a caminhada tem seus momentos árduos e que ainda estamos no processo de transição de provas e expiações para regeneração e é o momento ideal para a conscientização de maneira a trabalharmos em prol de nossa própria evolução, podendo assim, principalmente através do exemplo, auxiliar na evolução do próximo.

Também, é identificado por vezes pessoas que se colocam à disposição dos trabalhos de mudança no Movimento Espírita, promovidos principalmente através desses eventos, porém, sem o intuito essencialmente adjacente de conhecer o quanto mais for possível a Doutrina e consumar então seus ensinamentos no rol dos “esforços que se faz por domar as más inclinações”. É imprescindível não que essas pessoas sejam afastadas ou muito menos repreendidas, uma vez que já tem a vontade, sendo esse o principal elemento para o trabalho e para o auto-conhecimento, mas sim, trazidas com muito amor à realidade da vida eterna de maneira a se colocarem unidas ao ideal de renovação dos próprios pensamentos e atitudes.

Não desistamos dos encontros, porém, sejamos cristãos ao realizá-los. Auxiliemos à maneira que pudermos, seja em orações, seja participando, seja coordenando-os. Apenas não nos esqueçamos dos motivos pelos quais eles existem. Não deixemos os interesses mundanos e intrísecos ao nosso grau de adiantamento moral tomarem conta de nossas ações quando nos dedicarmos a tarefa tão importante. E que o Mestre possa sempre nos amparar e nos enviar os mensageiros do espaço para identificarmos o momento de tomar as atitudes corretas com vias ao bem maior.

Um grande abraço a todos os companheiros de jornada terrena que se dedicam com tanto carinho aos eventos de confraternização espírita como na COMEUDI, COMMETRIM, COMECON, COMEBH e, muito em especial, aos companheiros do Encontro de Mocidades Espíritas de Uberlândia (EMEU), os quais tem me ensinado a trabalhar as minhas dificuldades íntimas e com isso, mesmo com grande esforço e nem sempre agradando a todos, conseguir iniciar o processo de transformação que tanto é necessário a cada um de nós.

Sigamos em paz.

Diego Carvalho

sexta-feira, 2 de março de 2012

A Questão da Arte - PARTE II - Sobre a Música

Olá amigos,

Vamos continuar nosso bate papo da semana passada sobre a arte. Creio que é um assunto que precisa muito ser estudado. Nossos conhecimentos ainda são muito poucos quanto ao assunto, mas, é o momento certo de começarmos. Vamos ao texto.


No tocante à música, ainda temos uma dificuldade muito maior em aceitar o que ela realmente é ou a maneira com a qual devemos utilizá-la. A música, como diz Leon Denis, “representa a arte viva, a harmonia móvel e vibrante”, ou seja, ela ultrapassa qualquer barreira, atingindo ambientes mesmo quando esses não a querem e por ser vibrante, mexe com cada fibra do corpo humano, atingindo o espírito e despertando sensações e sentimentos. Sendo assim, a responsabilidade de um artista que se dedica à música é de extrema importância para a evolução da humanidade. Dizer qual estilo é melhor ou pior do que outro seria uma imprudência de tamanho proporcional à importância da música em nossa evolução. Logo, gostaria de deixar para refletirmos alguns conhecimentos e experiências.


No livro “O Espiritismo na Arte”, escrito por Leon Denis, temos o seguinte: “Dissemos que o objetivo essencial da arte é a procura e a realização da beleza; é, ao mesmo tempo, a procura de Deus, pois que Deus é a fonte primeira e a realização perfeita da beleza física e moral.”


Observando esse trecho do livro, o qual está na parte I (Objetivo da Arte), identificamos que todas as manifestações artísticas (música, teatro, oratória, poesia.....) deve-se buscar Deus. Então, nos questionamos se determinados tipos de músicas que ouvimos por aí estão cumprindo esse objetivo. Podemos inferir que sim, estão, entretanto, com uma lentidão tamanha por não buscarem a harmonização e elevação do ser. Nós, seres humanos, ainda precisamos excitar nossas sensações de maneira terrena, entretanto, devendo buscar selecionar as maneiras de como fazer isso ao longo de nossa evolução.


Ainda, devemos pensar que a arte leva as sensações, os sentimentos e as emoçoes do artista despertando essas mesmas instâncias no público. No tocante ao ritmo, precisamos entender que cada nota, cada batida, cada tom musical emite uma série de vibrações que ecoam pelo Universo.


Enfim, temos muito ainda o que aprender no que se refere à relação entre a arte e a Doutrina Espírita. Entre buscar músicas mais calmas ou não, creio que vai do interesse e forma de interpretar os ensinamentos. Há tempo, momento e lugar para tudo. Apenas precisamos definir onde queremos chegar e como desejamos que seja a caminhada. Assim, deixo algumas dicas para estudarmos:


_ Livro “O Espiritismo na Arte” de Leon Denis: creio que o livro mais completo em relação a arte e a Doutrina Espírita.


_ Revista Espírita de 1860: comunicação do espírito Alfred de Musset.




_ 1ª Parte do Livro “Obras Póstumas”:


- Influência Perniciosa das Idéias Materialistas


- Sobre as artes em geral; sua regeneração pelo Espiritismo


- Teoria da Beleza


- A Música Celeste


- A Música Espírita


_ Programa Espírita de Rádio Web: Frequência Jovem Fraternidade




- Edição 14 – Especial Dia do Músico


- Edição 15 – A Artre e o Espiritismo


- Edição 16 – Apresentação ao vivo – Núcleo de Arte Espírita Integrarte


- Edição 20 – Palestra: A Arte e o Espiritismo


_ Filme: O Som do Coração


_ Filme: O Solista


Creio que aqui já temos material o suficiente para começarmos a entender um pouco melhor o papel da arte/música na humanidade. Estudemos com vontade de aprender e renovar nossos conhecimentos. A arte precisa da seriedade daqueles que já conhecem entender sua importância.


Um grande abraço e continuemos nossa busca pelo conhecimento.
Diego Carvalho

quarta-feira, 29 de fevereiro de 2012

Postagem Extra

Olá amigos do Trilha Espírita,

Sei que hoje não é sexta-feira, mas tive vontade de postar um pequeno pensamento que tive essa semana ao efetuar algumas discussões sobre estudos espíritas.

Fiquei pensando se algum autor já disse algo parecido com essas palavras, mas como não consegui me lembrar e, em algumas pesquisas, não encontrei, arrisco criar um pequeno pensamento para reflexão. Espero que seu significado possa ser compreendido pelos amigos. Digamos que é uma interpretação simplificada do nosso papel no Universo.


“A evolução do espírito consiste em retornar ao seu estado de criação no que tange à simplicidade. Mas ele somente conseguirá, contudo, quando desatar os nós que o ligam a ignorância.”
                                                                                                                                                                                                 Diego Carvalho

domingo, 26 de fevereiro de 2012

A Questão da Arte - PARTE I

Olá Moçada,


Confesso... dessa vez eu atrasei a postagem. Não consegui fazê-la na sexta-feira e por isso me desculpo com nossos visitantes. Mas, ainda assim, há tempo de lermos o texto da semana.

Então vamos lá...

A Questão da Arte - PARTE I


Sou um amante da arte. Dedico boa parte do meu tempo para ela, principalmente a música, dentro ou fora do Movimento Espírita. Confesso que fico contente em conhecer sempre que há oportunidade, pessoas interessadas em conhecer mais a arte propriamente espírita. Creio que é um assunto de bastante polêmica e de opinião formada pela maioria das pessoas que não se abrem para os conhecimentos Doutrinários à respeito do tema.



Certamente a Doutrina Espírita veio para modificar muitos de nossos conceitos e, o que é muito normal, nem sempre estamos aptos a aprender ou aceitar isso. Agindo assim, continuamos com "opiniões" ao invés de adquirirmos conhecimentos. Com a arte ainda há a dificuldade de que muitas pessoas as veem ou a utilizam como meio de atração, principalmente de jovens.



Através de experiências com crianças, jovens e adultos desde os meus 14 anos (tenho 29 hoje), percebi que talvez essa não seja a maneira mais ideal de, primeiro, utilizar a arte e, segundo, atrair jovens para as Casas Espíritas. Pense comigo: se uma pessoa passa na porta de um lugar no qual uma música ou um filme te atrai, ela pode até parar para ouvir caso tenha tempo para isso. Quando a música termina ou o filme vai continuar e a pessoa não pode ficar ali, ela continua ou vai embora? Logicamente, há aqueles que mesmo a música sendo finalizada ou não podendo assistir o filme, vão em busca de informações sobre o cantor, produtor ou qualquer outra informação a respeito. Entretanto, é provável que essas pessoas (que buscam informações) não precisariam ouvir a música ou ver o filme para se interessar; bastasse tomarem conhecimento da existência e já iriam buscá-las por vontade própria, por enxergarem benefícios em conhecer determinada obra.



Assim, faço essa comparação com a arte utilizada na atração das pessoas para a Casa Espírita. Se uma pessoa é atraída pela arte corre-se o risco de não tê-la pela Doutrina, principalmente porque ainda temos conceitos de arte muito distantes do que ela efetivamente é no Plano Espiritual. As pessoas devem buscar a Casa Espírita pela Doutrina Espírita; por verem os benefícios de se estudar, difundir e divulgar os ensinamentos. A arte será uma ferramenta para esses fins e não um meio. Mas não tenhamos dúvidas que ainda temos muito o que aprender sobre o assunto, devendo para tanto, abrirmos nossa mente, nosso coração e estudar as obras espíritas.

Um grande abraço e na próxima semana o texto continua.

Diego Carvalho