quarta-feira, 29 de fevereiro de 2012

Postagem Extra

Olá amigos do Trilha Espírita,

Sei que hoje não é sexta-feira, mas tive vontade de postar um pequeno pensamento que tive essa semana ao efetuar algumas discussões sobre estudos espíritas.

Fiquei pensando se algum autor já disse algo parecido com essas palavras, mas como não consegui me lembrar e, em algumas pesquisas, não encontrei, arrisco criar um pequeno pensamento para reflexão. Espero que seu significado possa ser compreendido pelos amigos. Digamos que é uma interpretação simplificada do nosso papel no Universo.


“A evolução do espírito consiste em retornar ao seu estado de criação no que tange à simplicidade. Mas ele somente conseguirá, contudo, quando desatar os nós que o ligam a ignorância.”
                                                                                                                                                                                                 Diego Carvalho

domingo, 26 de fevereiro de 2012

A Questão da Arte - PARTE I

Olá Moçada,


Confesso... dessa vez eu atrasei a postagem. Não consegui fazê-la na sexta-feira e por isso me desculpo com nossos visitantes. Mas, ainda assim, há tempo de lermos o texto da semana.

Então vamos lá...

A Questão da Arte - PARTE I


Sou um amante da arte. Dedico boa parte do meu tempo para ela, principalmente a música, dentro ou fora do Movimento Espírita. Confesso que fico contente em conhecer sempre que há oportunidade, pessoas interessadas em conhecer mais a arte propriamente espírita. Creio que é um assunto de bastante polêmica e de opinião formada pela maioria das pessoas que não se abrem para os conhecimentos Doutrinários à respeito do tema.



Certamente a Doutrina Espírita veio para modificar muitos de nossos conceitos e, o que é muito normal, nem sempre estamos aptos a aprender ou aceitar isso. Agindo assim, continuamos com "opiniões" ao invés de adquirirmos conhecimentos. Com a arte ainda há a dificuldade de que muitas pessoas as veem ou a utilizam como meio de atração, principalmente de jovens.



Através de experiências com crianças, jovens e adultos desde os meus 14 anos (tenho 29 hoje), percebi que talvez essa não seja a maneira mais ideal de, primeiro, utilizar a arte e, segundo, atrair jovens para as Casas Espíritas. Pense comigo: se uma pessoa passa na porta de um lugar no qual uma música ou um filme te atrai, ela pode até parar para ouvir caso tenha tempo para isso. Quando a música termina ou o filme vai continuar e a pessoa não pode ficar ali, ela continua ou vai embora? Logicamente, há aqueles que mesmo a música sendo finalizada ou não podendo assistir o filme, vão em busca de informações sobre o cantor, produtor ou qualquer outra informação a respeito. Entretanto, é provável que essas pessoas (que buscam informações) não precisariam ouvir a música ou ver o filme para se interessar; bastasse tomarem conhecimento da existência e já iriam buscá-las por vontade própria, por enxergarem benefícios em conhecer determinada obra.



Assim, faço essa comparação com a arte utilizada na atração das pessoas para a Casa Espírita. Se uma pessoa é atraída pela arte corre-se o risco de não tê-la pela Doutrina, principalmente porque ainda temos conceitos de arte muito distantes do que ela efetivamente é no Plano Espiritual. As pessoas devem buscar a Casa Espírita pela Doutrina Espírita; por verem os benefícios de se estudar, difundir e divulgar os ensinamentos. A arte será uma ferramenta para esses fins e não um meio. Mas não tenhamos dúvidas que ainda temos muito o que aprender sobre o assunto, devendo para tanto, abrirmos nossa mente, nosso coração e estudar as obras espíritas.

Um grande abraço e na próxima semana o texto continua.

Diego Carvalho

sexta-feira, 17 de fevereiro de 2012

As Sutilezas dos Relacionamentos

Olá amigos leitores,


Essa semana resolvi postar um texto um pouco diferente. Nada de quere interpretar ou deixar meus devaneios sobre algum assunto. Na verdade estive pensando nas situações da vida, mais especificamente, nos relacionamentos amorosos.


Quantas vezes perdemos tempo por uma simples palavra dita ou talvez não dita?


Quantas vezes tornamos algo que deveria ser prazeroso um ato de coragem e de fé?


Quantos momentos discutindo passamos apenas por não praticarmos a "escutatória"?


Enfim... hoje deixo o que chamei de "As Sutilezas dos Relacionamentos" para que juntos possamos apenas refletir. Vamos pensar no nosso papel perante isso.


Então lá vai...


As Sutilezas dos Relacionamentos

Ao telefone:

Ele... ou ela:  _ Mas eu te disse que já marquei aquele compromisso para nós. Você concordou.
O outro: _ Eu sei, mas é que surgiu esse outro e eu queria tanto que nós dois fôssemos.
Ele... ou ela:  _ Mas talvez a gente possa juntar os dois. São pessoas que gostamos e se conhecem... quem sabe assim fica mais... (interrupção do outro)...
O outro: _ Ahhh...Não sei se seria uma boa idéia. Acho que vamos acabar não dando atenção devida. Você não acha melhor tentar remarcar, já que é mais simples com aquele compromisso do que esse que surgiu?
Ele... ou ela:  _ Tudo bem, vou ver o que dá pra fazer. Talvez possamos marcar aquele compromisso para o dia seguinte.
O outro: _ Ok. O que der certo vai ser bom porque vamos estar juntos.

E eles viveram felizes até o próximo compromisso.

OU

Ao telefone:

Ele... ou ela: _ Mas eu te disse que já marquei aquele compromisso para nós. Você concordou.
O outro: _ Eu sei, mas é que surgiu esse outro e eu queria tanto que nós dois fôssemos.
Ele... ou ela: _ Mas talvez a gente possa juntar os dois. São pessoas que gostamos e se conhecem... quem sabe assim fica mais... (interrupção do outro)...
O outro: _ Ahhh...Não sei se seria uma boa idéia. Não tem nada haver uma coisa com a outra. Que mania de querer fazer isso.
Ele... ou ela: _ Por que não? Não vejo problema nisso. Acho que ninguém vai se importar.
O outro: _ Mas eu nunca faria isso.
Ele... ou ela:  _ Esse é o seu modo de pensar, não o meu. Não adianta a gente querer entrar em acordo não é mesmo!?
O outro: _ Nossa, por que você está falando assim comigo?
Ele... ou ela:  _ @#$%¨&*()
O outro: _ )(*&¨%$#@!

E assim sucessivamente, até que o cansaço, o desânimo e vários outros sentimentos e ações não agradáveis façam com que a conversa termine...

E eles tiveram muitas dificuldades para serem felizes até o próximo compromisso.

Há algo que possamos tirar disso?


Um abraço a todos e até o próximo texto.


Diego Carvalho

sexta-feira, 10 de fevereiro de 2012

O Altruísmo no Mundo

Olá amigos leitores,

Espero que os textos aqui deixados estejam sendo de algum valor para vocês que dedicam seu tempo a conhecê-los. Desejo, contudo, incitar o pensamento, a reflexão e, quando possível, a discussão dos temas aqui propostos. O idealismo faz parte de minha existência e, assim sendo, não poderia deixar de durante a minha estadia aqui na Terra, deixar um pouquinho dos pensamentos e experiências. Que essa Trilha Espírita que estamos deixando sirva de inspiração para quem assim o precisar, mesmo que não concordem com as palavras, para se espelharem ao menos na vontade de sermos melhores.

Vamos ao texto de hoje.


O Altruísmo no Mundo

No dia 24 de dezembro de 2009, o Núcleo de Arte Espírita Integrarte, o qual é formado por jovens espíritas e tenho o prazer de fazer parte, foi convidado pela TV Integração (Rede Globo) para uma matéria sobre altruísmo. Algumas pessoas que conheciam nosso trabalho nos indicou e aceitamos, o que aconteceu no Lar André Luiz (idosos).

Essa semana, participando de um processo seletivo, foi apresentado uma matéria também sobre altruísmo, no qual o biólogo chamado Roberto Burle Marx, com mais de 50 anos, foi questionado por que estava plantando sementes que iriam florescer somente após 50 anos e provavelmente ele não estaria aqui para ver. Ele respondeu o seguinte: ““Assim como alguém plantou para que eu pudesse ver, estou plantando para que outros também possam contemplar”. No processo, era solicitado um texto respondendo à seguinte pergunta (pelo que pesquisei, isso também ocorreu em alguns vestibulares):

“O altruísmo e o pensamento a longo prazo ainda têm lugar no mundo contemporâneo?”

A matéria ainda trazia o seguinte conceito de altruísmo: “s.m. Tendência ou inclinação de natureza instintiva que incita o ser humano à preocupação com o outro”. Dicionário Houaiss da língua portuguesa, 2009.

Bem... acredito que para ser um altruísta é necessário antes ser um sonhador. Os sonhadores são aqueles que acreditam e desejam o melhor aconteça, que a vida pode ser melhor. Digo isso pois se não acreditarmos que o mundo pode ser um lugar melhor, que as pessoas podem se respeitar (e olha que não cheguei ainda à palavra “amar”) que o materialismo deixará de ser a crença principal... qual sentido teria o altruísmo? Certamente ao estudarmos a Doutrina Espírita temos mais oportunidade de entender que o altruísmo, o que pode ser entendido de certa maneira como caridade, deve fazer parte do dia a dia aqui na Terra e é condição essencial para nosso melhoramento espiritual.

Para ser altruísta não se pode ter como principal foco o ego. É importante que o ser se ame, porém, é imprescindível que ele também faça isso pelos outros. O altruísta é recompensado cada vez que se doa incondicionalmente e para fazer isso, não é necessário o gasto de um centavo sequer: através de um sorriso que ilumina o dia de alguém; do abraço forte e quente em um amigo, familiar ou até mesmo desconhecido que está se sentindo sozinho; um afago nos cabelos daquele que já não tem forças para se levantar de um leito; praticar a escutatória para alguém que queira fazer um desabafo, sem ter a necessidade de querer interromper. Enfim... há muitas maneiras.

Além disso, ser altruísta é pensar a longo prazo, principalmente quando entendemos a reencarnação e a vida eterna enquanto espíritos. O que se faz agora poderá refletir por toda a eternidade na existência de um ser, para não dizer a nossa própria existência. Muitas vezes, achamos que ao sermos caridos, altruístas, dedicados a alguém por instantes, fará com que um sofrimento seja amenizado naquele momento ou um reles sopro de alegria seja sentido. Ledo engano quando assim pensamos... nossas atitudes ecoam no universo e não seria diferente na existência espiritual tanto nossa quanto do outro. Lembram-se de André Luiz quando uma senhora orou por ele devido ele ter, de mau grado, auxiliado ela em determinado momento da vida?

Sendo assim, sejamos Robertos Burle Marx do mundo. Não nos preocupemos apenas com a contemplação que nossos olhos terão. O mundo ainda tem muito espaço para isso. Então, se há lugar no mundo para pensamento a longo prazo? Somente esse pensamento nos fará verdadeiramente felizes pois em um planeta de provas e expiações, sabemos que tudo o que passarmos será imprescindível para a evolução. Se há lugar no mundo para o altruísmo? Bem... digamos que ele tem cadeira cativa nos corações humanos, apesar de muitas vezes essas cadeiras estarem vazias e empoeiradas.

Um grande abraço a todos.


Diego Carvalho



P.S.: Para conhecerem a reportagem que o Integrarte participou em 2009, basta acessar:

http://megaminas.globo.com/2009/12/25/natal-e-marcado-por-exemplos-de-solidariedade

Nunca assisti ao vídeo, pois não o encontrei no Portal Megaminas. Se alguém um dia achar, por favor, nos informem pois ficaremos muito gratos.

sexta-feira, 3 de fevereiro de 2012

E falando de carnaval...

... achei que pesquisar na querida e muitas vezes mentirosa internet seria mais fácil de discorrer sobre o assunto. Mas encontrei tanta coisa “picada” que desisti e venho então mais uma vez trazer meus próprios devaneios.

De todos os feriados ocorridos ao longo do ano, creio que o carnaval é o mais preocupante no sentido de ocupação pouco proveitosa do tempo e da mente. Talvez e somente talvez, não pela taxa de natalidade que aumenta nove meses depois ou pela desforra material com que essa data é vislumbrada, mas sim, pela indisciplina moral dos seres humanos. Todos os dias lemos notícias de que a humanidade está mais “evoluída”, os recursos tecnológicos mais desenvolvidos, as leis mais humanizadas e por aí vai. Entretanto, quando chegamos em meados de fevereiro (ou março raras vezes) parece que nada disso faz diferença. É momento de diversão e prazer, a todo custo, independente das consequências.  Nas pesquisas, descobri o que já era óbvio: o carnaval NO Brasil é a maior festa popular existente e o carnaval DO Brasil é o maior do mundo inteiro. Por um momento me atrevi a pensar como a “Pátria do Evangelho” será vist de maneira diferente e mais respeitosa pelas outras nações se um feriado oficial do nosso país (e de tantos outros) é regrado pelo mínimo (ou nenhum) bom senso, caráter, preocupação com o próximo, preocupação com o corpo, a mente e a alma e, principalmente, tendo o sexo livre e desrespeitoso como um dos principais símbolos?

Detalhe: como não estou escrevendo para aula de evangelização infantil, nem vou me preocupar em gastar linhas discorrendo que beber, comer, dançar, ser alegre, ter diversão, prazer e sexo fazem parte da evolução humana e são normais e necessários. Ahh... não deixem de perceber que não estou fazendo apologia contra ou a favor de qualquer tipo de vício mas sim, falando das práticas comuns de sobrevivência humana.

Certamente não tenho o intuito de criticar ou julgar aos que são adeptos do carnaval. Tenho simplesmente a intenção de trazer à reflexão o quão é importante nos atentarmos para um período de tamanha abertura à espiritualidade ainda não evoluída ou consciente dos nossos deveres perante a universalidade. E por favor... não digamos que é somente alguns dias do ano. Emmanuel, o fiél amigo de sempre, nos elucida através do querido Chico, as seguinte palavras trazidas à tona na Revista Internacional do Espiritismo (2001):

“Enquanto os trabalhos e as dores abençoadas, geralmente incompreendidos pelos homens, lhes burilam o caráter e os sentimentos, prodigalizando-lhes os benefícios inapreciáveis do progresso espiritual, a licenciosidade desses dias prejudiciais opera, nas almas indecisas e necessitadas do amparo moral dos outros espíritos mais esclarecidos, a revivescência de animalidades que só os longos aprendizados fazem desaparecer.”

Lendo tais frases, não podemos deixar de entender que por menor que seja a quantidade de dias, devido ao caráter nada evolutivo do carnaval, uma vez que o ser se entrega a todo e qualquer tipo de, como Emmanuel diz, “animalidades, a existência estará sendo subjugada à queda moral e reparável somente depois de muitas outras consequentes tribulações. É possível que haja aqueles que sejam arrastados para ambientes nessa época, mesmo tendo uma boa consciência ao longo do ano, e que, cumprindo os desígnios de justiça do criador, ainda assim precisarão arcar com as consequências, não havendo desculpas para comportamentos imoralizados. Emmanuel ainda nos diz o seguinte:

“É incontestável que a sociedade pode, com o seu livre-arbítrio coletivo, exibir superfluidades e luxos nababescos, mas, enquanto houver um mendigo abandonado junto de seu fastígio e de sua grandeza, ela só poderá fornecer com isso um eloqüente atestado de sua miséria moral.”

Endossado pelas palavras de Emmanuel, faço um apelo aos amigos: não deixemos de seguir na conduta espírita e cristã ao longo dos dias do referido feriado. Façamos com que as palavras do nosso Mestre Jesus possa estar ainda mais presente em nossa mente e coração, sendo transformadas em atos de carinho e amor para tantos que, diferentemente daqueles que “curtirão” o carnaval, continuarão precisando do auxílio humano (não digo espiritual pois creio que nessa data, outros precisarão tanto ou mais).

E mesmo que no íntimo algumas pessoas tenham a certeza de que não é somente no carnaval que ocorrem fatos libidinosos, à la Calígula, ou fora da conduta reta, o que os faz conscientes de que o “orai e vigiai” deve ser feito todos os dias, não sejamos ingênuos de não saber que nessa data, dado ao caráter altamente coletivo das festanças, unindo tantas mentes em um mesmo ideal (que não é necessariamente para o bem), o campo vibratório se abre com veemência para a inferioridade.

E por isso, finalizamos com muita tranquilidade esse devaneio com mais palavras de Emmanuel, retiradas da mesma revista citada, demonstrando a responsabilidade que temos em tal momento que a Terra em breve viverá:

“Há nesses momentos de indisciplina sentimental o largo acesso das forças da treva nos corações e, às vezes, toda uma existência não basta para realizar os reparos precisos de uma hora de insânia e de esquecimento do dever.”

Um grande abraço a todos, juízo nos preparativos para o carnaval e até o próximo texto.

Diego Carvalho

Obs.: Para ler na íntegra a mensagem de Emmanuel, acesse:

quinta-feira, 2 de fevereiro de 2012

Amanhã, texto sobre o Carnaval

Olá amigos,

Amanhã teremos um novo texto com reflexões sobre o carnaval.

Um grande abraço e fiquem com Deus.

Diego Carvalho